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CEALAG INICIA ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE PORTADORES DA NEISSERIA MENINGITIDIS


De acordo com os dados do Ministério da Saúde, em 2018, a meningite acarretou a morte de mais de 3 mil pessoas, de um total de 15.706 casos no ano. Apesar de ser considerada rara no Brasil, a doença causa grande preocupação devido as suas elevadas taxas de letalidade, complicações e sequelas, mesmo quando tratada de forma adequada.

Uma das bactérias mais comuns causadoras da doença é a Neisseria Meningitidis (Nm), também chamado de meningococo, é uma bactéria Gram-negativa de âmbito global que acomete apenas os seres humanos, sendo transmitido através de gotículas respiratórias ou o contato de secreções de portadores da doença. Após o contato com a mucosa do trato respiratório, a bactéria provoca uma infecção, possibilitando, assim, sua entrada na corrente sanguínea.

No Brasil a doença é considerada hiperendêmica, ou seja, ela mantém uma presença constante em determinadas áreas geográficas ou grupos populacionais, com uma elevada taxa de incidência. Fato este, que ocorre no estado de Santa Catarina. Nos últimos anos, foi notado um aumento considerável da bactéria em algumas regiões do estado, tornando-se necessário o monitoramento da doença na região.

Em fevereiro de 2019, o Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (CEALAG) em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), deram inicio a um estudo a fim de identificar o percentual de portadores da Neisseria Meningitidis de jovens entre 11 a 19 anos de idade, residentes em Florianópolis e matriculados em escolas públicas estaduais, municipais e privadas.

Com isso, entende-se que o papel dos portadores saudáveis na disseminação da doença na comunidade, é de grande valia em relação à contribuição de informações úteis no auxílio de novas condutas de vacinação.

Além disso, será feita a utilização de novos recursos laboratoriais capazes de identificar a emergência de cepas que possam causar doenças invasivas e com grande potencial de disseminação na comunidade. Isto é fundamental para melhorar a vigilância epidemiológica, trazendo contribuições valiosas para políticas de vacinação voltadas ao controle de surtos. Grupos específicos, como profissionais que atuam em ambientes aglomerados, laboratórios e militares, também serão beneficiados.

É importante ressaltar que jovens que apresentarem sintomas de qualquer doença infecciosa e com alguma restrição clínica/médica para a manipulação da orofaringe, não estarão aptos para a pesquisa.

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